viernes, 14 de noviembre de 2008

"A tragédia do homem é o que morre dentro dele enquanto ele ainda está vivo"

(Albert Schweitzer, médico, músico, filósofo e teólogo alsaciano, 1875-1965).

Quando se perde a força que alimenta a esperança a pessoa vegeta. Por incrível que pareça dentro de cada pessoa existe um conflito que mais cedo ou mais tarde ela acaba se dando conta. De uma parte, há muita coisa dentro dela que mereceria estar morta e ser ignorada, mas que está bastante viva e presente. Por outro, muita coisa que mereceria viver e ser preservada que, no entanto, está morta e apagada. O modo como vive e do que se vive pode, em certos casos, tirar da pessoa, de forma lenta e cruel, toda a sua energia de vida e colocá-la num estado vegetativo de existência que produz a morte de todas as dimensões de seu ser. Nesse sentido, se morre não apenas quando se deixa de viver, mas quando se vive sem objetivo, sem sentido, sem esperança, sem relações saudáveis, sem um por que e para quê. Deixar morrer interiormente o que deveria viver é trágico porque se permitiu que a vida, que é dinâmica e rica de sentido, se perdesse na inércia, na monotonia, na irresponsabilidade e na falta de cultivo daquilo que a alimenta, sustenta e conduz. Só retomando-a continuamente na direção de sua fluência e vigência é que o trágico dela pode se converter em graça preciosa e referência maior de nossa ocupação e preocupação de cada dia. (Reflexão feita por José Irineu Nenevê).

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